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O adulto da sala 1º/09/2025 Deu na prestigiada revista britânica “The Economist”, da semana passada: “O que o Brasil pode ensinar a América”, e com o subtítulo: “O julgamento de Jair Bolsonaro”. E também na capa uma ilustração do ex-presidente, com o rosto pintado de verde e amarelo e usando um chapéu de Viking, igual a uma das centenas de simpatizantes do presidente norte-americano Donald Trump que invadiram o Capitólio em 06 de janeiro de 2021. A revista traz uma longa reportagem sobre a evolução política do Brasil nos últimos tempos e também sobre o julgamento que Bolsonaro e seus aliados estão enfrentando no STF (Supremo Tribunal Federal), por tentativa de golpe de estado. Em um outro texto, mais opinativo, The Economist discute o modo com os EUA trataram a invasão do Capitólio em 2021 e como o Brasil tem agido no caso da invasão dos prédios dos três Poderes em Brasília em 08 de janeiro de 2023. No primeiro caso, o então presidente Trump tinha fracassado na tentativa de reeleição ao ser derrotado por Joe Biden em 2020 e em janeiro do ano seguinte de simpatizantes trumpistas invadiram a sede do Poder Legislativo dos EUA para tentar impedir a posse do candidato democrata vitorioso. Com o título "Brasil oferece aos Estados Unidos uma lição de maturidade democrática", o editorial, em um dos seus trechos, afirma: "Os Estados Unidos estão se tornando mais corruptos, protecionistas e autoritários — com Donald Trump, esta semana, mexendo com o Federal Reserve (Fed) e ameaçando cidades controladas pelos democratas. Em contraste, mesmo com o governo Trump punindo o Brasil por processar Bolsonaro, o próprio país está determinado a salvaguardar e fortalecer sua democracia". Jair Bolsonaro ainda é descrito como o “Trump” dos Trópicos e o texto conclui que a tentativa de golpe, do qual o ex-presidente e seus aliados são acusados, “fracassou por incompetência, e não por intenção”. Operação histórica Em entrevista à rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, o presidente Lula ressaltou a relevância das recentes operações deflagradas pela Polícia Federal e defendeu a aprovação da PEC da Segurança Pública, em tramitação no Congresso Nacional. A informação é do site de notícias agência Gov. Em ação conjunta do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Polícia Federal (PF), Ministério da Fazenda, Receita Federal e outros órgãos, como o Ministério Público de São Paulo, foram realizadas as operações Quasar, Tank e Carbono Oculto no último dia 28. O objetivo foi desarticular organizações criminosas envolvidas em esquemas bilionários de lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta e fraudes no setor de combustíveis. As ações da força-tarefa atingiram locais até então insuspeitos como a avenida Faria Lima, na zona sul da capital paulista, considerado o maior centro financeiro do país e também conhecida como a “Wall Street tupiniquim”. As operações resultaram em mais de 400 mandados judiciais, incluindo 14 de prisão, além de centenas de buscas e apreensões em oito estados. Foram bloqueados e sequestrados R$ 3,2 bilhões em bens e valores, em investigações que identificaram movimentações ilícitas de cerca de R$ 140 bilhões. "Descobrimos que tem muita gente ligada ao crime organizado, e fizemos a operação mais importante da história dos 525 anos do Brasil. Agora queremos saber quem é que efetivamente faz parte do crime organizado", pontuou o presidente. Segundo Lula, as medidas só foram possíveis graças à integração das forças de segurança, articuladas pelo Núcleo de Combate ao Crime Organizado, criado em janeiro de 2025 pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. "Nós trabalhamos em conjunto com o Ministério Público de São Paulo dentro da operação e tem que ser assim, para a gente fazer valer a força da polícia e da justiça. A gente vai mostrar a cara de quem faz parte do crime organizado neste país”, declarou. Lula ressaltou a complexidade do cenário atual, com redes criminosas que atuam de forma transnacional e diversificada. "O crime organizado é sofisticado. Ele está na política, no futebol, na justiça. É um braço internacional poderoso, com relações no mundo inteiro. É uma multinacional. Mas vamos chegar lá, com investimento e inteligência”, reforçou. Na entrevista, o presidente destacou a importância da PEC da Segurança Pública, que fortalece o Sistema Único de Segurança Pública (Susp), dá estabilidade ao financiamento do setor e amplia a integração das polícias em âmbito federal, estadual e municipal. "O que aconteceu ontem foi importante. Eu acho que vai facilitar a aprovação da PEC no Congresso Nacional. O que queremos é saber como é que o Governo Federal pode ajudar, junto aos governadores, a fazer a política mais eficiente".

Banco Central reforça medidas de segurança 12/09/2025 Após recentes eventos de ataques cibernéticos a instituições financeiras e de pagamentos, o Banco Central (BC) anunciou no dia 5 passado medidas para reforçar a segurança do Sistema Financeiro Nacional. A informação é do site oficial de notícias agência Gov. A partir de agora, fica limitado em R$ 15 mil o valor de TED e Pix para instituições de pagamento não autorizadas e as que se conectam à Rede do Sistema Financeiro Nacional via Prestadores de Serviços de Tecnologia da Informação (PSTI). “O mercado financeiro brasileiro é um exemplo internacional de sucesso e êxito, especialmente na questão de tecnologia. E, com o tempo, é de se esperar que o crime organizado fosse se adaptando para sair de roubar carteiras, para passar a roubar a senha das pessoas, de assalto a agências, até algum tipo de invasão de uma infraestrutura crítica, seja física ou seja virtual, para atacar algum tipo de instituição. E, ainda que esses eventos recentes tenham sido eventos que objetivaram a atacar recursos das instituições, especificamente, sem qualquer tipo de prejuízo a cidadão ou cliente, é uma coisa restrita às instituições, mas o sistema financeiro é um ambiente que não reserva margem para qualquer tipo de tolerância no quesito segurança”, disse. Segundo Galípolo, apenas 1% das transações de TED e Pix realizadas por pessoa jurídica no Brasil estão acima do limite de R$ 15 mil, e apenas 3% das contas existentes no sistema são do tipo PSTI e de contas com instituições de pagamento não autorizadas. Já em transações de pessoas físicas, 99% estão abaixo de R$ 3,7 mil. “São medidas de uma contenção excepcional, reconhecendo um momento onde a gente identificou uma repetição de padrão em alguns tipos de instituições e que demandam a gente estabelecer algum tipo de trava ou limites operacionais para algumas instituições até que elas consigam demonstrar a devida segurança e governança para operar”, explicou o presidente do BC. O caso Banco Master O mesmo Banco Central, dois antes de anunciar essas medidas de segurança, surpreendeu o mercado financeiro ao não aprovar a venda do Banco Master ao BRB (Banco Regional de Brasília), uma instituição financeira de capital aberto controlada pelo governo do Distrito Federal. Essa negociação era dada como certa por todos e a negativa do Banco Central provocou fortes abalos sísmicos até no mundo político. Tanto é que na mesma semana lideranças de partidos do chamado “Centrão” assinaram um requerimento de urgência para alterar a Lei Complementar 179, sancionada há quatro anos e que consolidou a autonomia do BC Essa iniciativa acabou repercutindo muito mal entre os especialistas, já que abre brechas para interferências políticas (e indevidas) em decisões eminentemente técnicas que garantem a segurança e a credibilidade do sistema financeiro nacional. Uma das ideias era que o Congresso Nacional tivesse poderes para demitir diretores do BC, o que foi duramente criticado. Por outro lado, segundo reportagem da revista Veja, a postura da autarquia (de rejeitar a venda do Banco Master) rendeu reconhecimento no mercado. “Foi uma decisão importante, corajosa e correta”, afirmou à revista Arminio Fraga, ex-presidente do BC. De pequeno porte, o Banco Master, nos últimos anos, adotou uma tática agressiva (e arriscada para alguns) para conquistar clientes. Para atrair depósitos em volume superior ao dos concorrentes, passou a oferecer CDBs (Certificados de Depósito Bancário) com remuneração muito acima da média do mercado. Segundo a revista, para dissipar desconfianças, propagandeou-se que os papéis contavam com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito, mecanismo criado para reembolsar clientes em casos de falência ou inadimplência da instituição emissora de um título. Continuando a reportagem, esse modelo foi introduzido em 2018, quando Daniel Vorcaro assumiu o controle do Master. De uma tradicional família de empreendedores de Minas Gerais, ele era considerado um “forasteiro” na Faria Lima, o principal centro financeiro do país. Mas desde o ano passado, aumentou-se a desconfiança quando se verificou que uma fatia relevante dos recursos desses CDBS foi aplicada em precatórios, dívidas reconhecidas de União, estados e municípios que são pagas quando cabem no Orçamento. isso expôs o Master ao risco de calote público. Outra aposta de risco foi a aquisição de créditos tributários. Mas tanto precatórios quanto créditos tributários têm baixa liquidez, porque são ativos difíceis de negociar rapidamente. No final do ano ficou evidente que o banco não tinha fôlego para conciliar a saída de recursos com a venda dos ativos e precisaria de uma injeção de capital. E aí veio a solução do banco estatal BRB em assumir o Master, que acabou sendo vetada pelo BC, colocando assim um grande ponto de interrogação no desfecho de todo esse imbróglio.

Crescimento chinês 29/08/2025 Deu na Folha de S.Paulo, na edição do dia 18 de agosto: “Renda do 1% mais rico no Brasil cresce em ritmo chinês com dividendo e pejotização”. A matéria assinada pelo jornalista Eduardo Cucolo, mostra que o Brasil registrou aumento significativo no nível de concentração de renda de 2017 a 2023, sobretudo no topo da pirâmide. É o que mostram dados das declarações do IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física) analisados pelos economistas Frederico Nascimento Dutra, Priscila Kaiser Monteiro e Sérgio Wulff Gobetti. Eles afirmam que houve "uma mudança estrutural" que se agravou no pós-pandemia. O rendimento das pessoas que estão entre o 1% mais rico da população cresceu 4,4% ao ano de 2017 a 2023. O número está bem acima da expansão de 1,4% acima da inflação na renda média das famílias brasileiras. O ritmo se intensifica entre as pessoas que estão nos estratos ainda mais elevados. O crescimento foi de 6,9% para quem está no 0,1% de maior renda. E vai a 7,9% para os brasileiros que estão no chamado Top 0,01%. "Quanto mais se sobe na pirâmide, maior esse crescimento. O aumento da renda dos mais ricos é até superior ao crescimento do PIB chinês", afirma Gobetti, destacando o avanço médio de 6,5% ao ano no indicador do país asiático no período. Como resultado dessa expansão mais forte, a fatia do 1% mais rico na renda subiu de 20,4% para 24,3% de 2017 a 2023, patamar inédito na série histórica da Receita iniciada em 2006. A fatia apropriada pelos 0,1% mais ricos do país cresceu de 9,1% para 12,5% do bolo no mesmo período. São 160 mil pessoas que passaram a deter uma parcela da riqueza superior à dos 80 milhões de brasileiros que representam os 50% mais pobres. Estes dividiram apenas 10% da renda. Os dados mostram que a concentração de renda se manteve relativamente estável de 2006 a 2020, com a participação do 1% mais rico oscilando em torno de 20% da Renda Disponível Bruta. A partir da pandemia de Covid-19, houve uma mudança de patamar da ordem de até quatro pontos percentuais para cima. Novos mercados O Brasil ultrapassou a marca de 400 novos mercados internacionais abertos aos produtos do país desde o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em janeiro de 2023. A informação é do site oficial de notícias agência Gov. O governo brasileiro e o governo de São Vicente e Granadinas concluíram negociação sanitária para que o Brasil exporte carne bovina, produtos cárneos e miúdos bovinos para aquele país. Com o anúncio, o agronegócio brasileiro alcança 403 aberturas de mercado desde o início de 2023. Em 2024, o Brasil exportou mais de US$ 288 milhões em produtos agropecuários para países da Comunidade do Caribe (CARICOM), da qual São Vicente e Granadinas é integrante. O país também ampliou a pauta de exportações para parceiros tradicionais e novos mercados, com segue: sorgo e gergelim para a China, potencial de US$ 35,65 milhões para o primeiro produto e projeção de US$ 142,63 milhões para o segundo; farinha de aves para a Indonésia, com US$ 17 milhões exportados em 2024, carne bovina para o Vietnã, potencial de US$ 183 milhões, carnes bovina e suína para o México, com US$ 214,32 milhões exportados do primeiro produto e US$ 102,06 milhões exportados do segundo; carne suína para a República Dominicana, com US$ 31,56 milhões exportados em 2024; algodão para o Egito, com US$ 56,01 milhões exportados e abacate Hass para o Japão, com estimativa de US$ 570 mil. Vacinas de RNA mensageiro A Fiocruz, por meio de Bio-Manguinhos, desenvolveu a primeira plataforma nacional de RNA mensageiro (RNAm) para vacinas e terapias. A informação é o site oficial de notícias agência Gov. Com a plataforma inteiramente nacional e construída com apoio do Ministério da Saúde e recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a Fiocruz passa a contar com uma base tecnológica que permite desenvolver novos produtos de forma ágil e com menor custo. Para cada doença, basta inserir a “informação genética” que será usada para induzir a resposta imunológica, sem a necessidade de reiniciar o processo desde o início. A tecnologia já foi depositada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). A primeira vacina a ser desenvolvida pela Fiocruz com essa tecnologia será contra a Covid-19. Os testes toxicológicos já foram concluídos e a previsão é de que os estudos clínicos comecem ainda este ano. Além disso, pesquisas com RNAm já estão em andamento para vacinas contra leishmaniose e tuberculose, assim como para terapias voltadas a doenças como o câncer. Segundo Patricia Neves, líder do projeto RNA de Bio-Manguinhos, “essa conquista é um marco importante para posicionar o Brasil na vanguarda da biotecnologia, reforçando nosso papel estratégico para a ampliação do acesso a medicamentos na América Latina e África”.

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