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Aliança para o Jair

29/11/2019

Com um evento um pouco tumultuado, que teve até o impedimento de acesso da alguns jornalistas, foi lançado na quinta-feira da semana passada, o partido do presidente Jair: o Aliança para o Brasil.

É uma agremiação que está sendo construída no figurino do clã mais poderoso do país: extremamente conservador e com uma ênfase grande na questão da segurança pública. Tanto é que o número do partido será 38, que é um conhecido calibre de arma de fogo. Mas o capitão jura que esse número faz referência a ele mesmo, o 38º presidente do período republicano que ora vivemos. Com a palavra o Emerildo de Elio Gaspari.

De qualquer maneira há um processo que terá que ser cumprido para que o Aliança para o Brasil seja efetivamente viabilizado para disputar as eleições. Muitos até aposta que não haverá tempo hábil para que a legenda fique plenamente legalizado para as eleições municipais do ano que vem.

A Justiça Eleitoral exige que haja um número mínimo de assinaturas de eleitores de todo o país que endosse a criação do AB. A comissão provisória deve estar correndo atrás disso.

Mas a despeito disso, o presidente do partido (não por acaso que também o nosso presidente) insiste que essas assinaturas sejam recolhidas digitalmente.

Logo ele que, durante a campanha eleitoral do ano passado, contestou várias vezes a lisura do sistema eletrônico de votação que existe já há algum tempo nosso país.

De qualquer maneira para o clã-mór o PSL é página virada e daqui pra frente tudo será diferente (pelo menos é que eles esperam).

Cabe observar que o Messias é um fenômeno político-eleitoral meio fora da curva. Foi uma liderança forjada fora de qualquer máquina partidária tradicional. Apoiou-se, como toda a família do mané dos pubs das esquinas, nas chamadas redes digitais, que é novo espaço público desta era bladerunneriana.

Não precisou deles (do partido) para ganhar a eleição. E também para governar (bem ao seu estilo é verdade) não se preocupa muito com a sua “base parlamentar”.

Vai editando medidas provisórias bem ao seu gosto e que devem ser apreciadas pelo Congresso para se tornarem atos definitivos. Muitas das MPs já foram derrubadas. Mas o nosso presidente não parece muito preocupado com isso. Se colou, colou...Do contrário, tenta mais uma vez mais tarde.

Enquanto parte das vozes da rua (perdão, das redes digitais) continuarem darem apoio incondicional o Messias vai caminhando.

Mas a economia continua andando de lado e os desempregados continuam na casa dos 13 milhões.

Colômbia em transe

Depois da Chile, agora é a vez da Colômbia de enfrentar manifestações populares. E basicamente pelos mesmos motivos: repúdio às reformas liberais e às medidas econômicas que só empobrecem ainda mais o povo e a classe média.

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