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O jogo vai começar

 

16/04/2021

 

O que o Messias mais temia acabou acontecendo: será instalada uma CPI contra o seu governo. Mas não na Câmara dos Deputados (como geralmente acontece) mas sim no Senado.

Não é necessariamente uma Comissão com o intuito de pedir o seu impeachment, mas sim que investigue as suas ações com combate à pandemia que acabou de completar um ano.

Mas até o nosso amigo mané, proscrito dos bares e dos pubs do Brasil afora, sabe as consequências que uma CPI desse naipe pode provocar no agitadíssimo cenário político da Corte.

Como bem revelou a articulista Eliane Cantanhêde, do “Estadão”, a respeito do que pensa o ex-ministro da Saúde Mandetta: “(Essa CPI) em palha, querosene e fósforo e há mais incendiários do que bombeiros. Vai pegar fogo.”

Mais uma vez o STF (Supremo Tribunal Federal) tomou à frente e deu a iniciativa para que essa Comissão fosse instalada. Foi a partir de uma decisão individual do ministro Luis Roberto Barroso que o jogo começou ao acatar um pedido de dois senadores do partido Cidadania.

O presidente da Câmara Alta, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), se posou de contrariando com a ordem do Supremo, afirmando que não era “momento para isso”, “de que isso causaria aglomeração no plenário” e outras lousas e mariposas.

Mas no fundo, bem lá no fundo, ele se sente extremamente aliviado. Mais do que a consternação ampla, geral e irrestrita de 70% da população brasileira com o atual estado das coisas, o que mais atormentava Pacheco era a pressão de seus próprios pares. Vale lembrar que três senadores foram vítimas da covid-19 e isso pesou muito no clima da Casa desde então.

Ou seja, o ministro Barroso tirou uma bela batata quente das mãos do líder do Senado.

A previsão é que os trabalhos da Comissão já comecem na semana que vem. E como sempre dizem na Capital Federal: “Sempre se sabe como uma CPI começa. Mas nunca sem sabe como termina”.

Lockdown

No início desde ano a cidade de Araraquara, no interior de São Paulo, foi atingido em cheio pela variante P1 do vírus, que originou em Manaus.

O prefeito Edinho Silva (PT) não teve outra alternativa senão decretar um rigoroso lockdown na cidade. Por dez dias, tudo ficou paralisado.

O sacrifício surtiu efeitos: o número de infectados caiu e acabou a espera por leitos nos hospitais. Mais do que isso houve uma diminuição de significativa de mortos, em cerca de 72,5%.

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