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Polarização resiliente

 

13/12/2019

 

É unânime entre os cronistas do cotidiano político e, a esta, altura, até o mané botequeiro, que a polarização que perdura há muito no país beneficia somente os dois pólos do arco político-ideológico: Bolsonaro e o PT.

A única pesquisa do Datafolha parece confirmar isso. O presidente Jair continua com 30% de eleitores que o aprovam. Os outros 70% obviamente não aprovam, com várias gradações de críticas.

Cabe observar que a polarização ideológica existe em vários países com democracias plenamente consolidadas. O caso mais clássico são os Estados Unidos, onde desde os tempos do guaraná em rolha (ou da coca cola em rolha, já que estamos falando dos States) o Partido Democrata e o Republicano se revezam no poder.

O mesmo acontece no Reino Unido, quando se não é o Partido Conservador que está no poder, é o Trabalhista.

Cabe lembrar também, que na história recente do Brasil democrático, foram dois os partidos que se revezaram na disputa presidencial: o PSDB e o PT. Nas últimas eleições os tucanos foram substituídos pelo nosso amigo Jair, uma espécie de Jânio Quadros da era digital. Dirão alguns que isso foi um imenso retrocesso.

Esta última rodada de sondagens do Datafolha pode ser considerado um desenlace no ano de 2019, ano um do Jair.

2020 está logo ali na esquina, com o presidente consolidado com os seus séquitos irredutíveis. Mas também com 13 milhões de desempregados e uma economia que teima alçar voo.

Ah, 2020 também é um ano de eleições municipais.

O amigo americano

2020 será também o ano de eleições no Estados Unidos. Apesar de favorito, o presidente Trump terá uma batalha dura para conseguir se reeleger.

Por isso não foi surpresa de alguns analistas quando ele anunciou sobretaxar o aço e o alumínio brasileiro. O republicano está mirando o seu eleitorado interno, principalmente os operários das decadentes siderurgias, principalmente o do chamado “Cinturão do Ferrugem”.

Quem ficou logicamente com cara de paisagem foi o nosso presidente. De lambuja ele entregou a nossa base aeroespacial de Alcântara, no Maranhão, aos gringos fazerem o que bem entenderem.

E o gesto de gratidão veio agora.

Pancadões

As trágicas mortes de 9 jovens em um show de música funk na favela de Paraisópolis reforçam a constatação de urge criar mais CEUs (Centros de Educação Unificados) nas áreas carentes de São Paulo e também em outras grandes cidades do país.

Falta quase tudo nas periferias, principalmente lazer, cultura e esporte. Os CEUs são a solução.

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