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Final de um ciclo?

 

13/11/2020

 

No dia 29 de julho de 2016 esse espaço escreveu o seguinte: “O candidato republicano (Donald Trump) pode parecer uma caricatura de mau gosto mas dará muito trabalho para dona Hillary”.

Estávamos em plena campanha eleitoral para a presidência dos Estados Unidos e a candidata do Partido Democrata, Hillary Clinton liderava de maneira folgada as intenções de voto contra o seu oponente Donald Trump. Pelo menos é o que diziam todos os institutos de pesquisa na época.

Afinal de contas, quase ninguém levava a sério aquele magnata dos negócios e dublê de apresentador de televisão. Trump tinha conseguido ser indicado candidato pelo Partido Republicado após uma acirrada disputa interna.

Ninguém acreditava em uma vitória do topetudo. Havia ceticismo até mesmo dentro de seu partido.

Mas no decorrer da campanha Trump crescia paulatinamente. Aparentemente nada que afetasse a grande margem de intenções de votos que esposa do ex-presidente Bill Clinton detinha.

Assim na noite de 8 de novembro daquele ano os partidários de Hillary foram dormir tranquilos certos de que mais quatro anos na Casa Branca estavam garantidos.

Mas nos dias seguintes iniciou-se o pesadelo. Apesar de uma diferença de mais de 3 milhões de votos a seu favor, a democrata foi derrotada na eleição indireta, já que conseguiu indicar menos delegados para o colégio eleitoral.

Afinal, como tudo mundo agora sabe, o sistema eleitoral norte-americano é tão complicado quanto a teoria do tudo de Stephen Hawkins.

O triunfo deste candidato anti-establishment na maior democracia do planeta provocou consequências tão imprevisíveis quantos indesejáveis. Meses depois, mas naquele mesmo ano, essa mesma coluna falou: “Da mesma maneira que os americanos jecas elegeram Donald Trump, os belgas chucros podem Jair Bolsonaro presidente do Brasil em 2018”. Não deu outra.

Passaram-se quatro anos e os norte-americanos elegeram agora um democrata. Apesar de não ser um líder carismático como Bill Clinton ou Barack Obama, o discreto Joe Biden é uma esperança de que o mundo volte a caminhar por trilhos menos tortuoso daqui pela frente.

Eleições municipais

E esses novos ventos podem influenciar já as eleições municipais que acontecerão no próximo domingo em todo o território nacional.

Candidaturas não tão polarizadas, como a de Márcio França, aqui em São Paulo, ou da delegada Martha, no Rio de Janeiro, podem se beneficiar.

A conferir.

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