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Cadê o PSDB?

 

12/06/2020

 

Ainda que de maneira meio errática, a sociedade civil começa a articular de maneira mais efetiva para se contrapor aos ímpetos autoritários do novo regime.

Aqui e ali começam a se organizar cidadãos e entidades para protestarem, de maneira virtual ou não (afinal ainda não chegamos ao pico do bichinho do mal), o atual estado de coisas do país.

Cabe lembrar que, até agora, as instituições, principalmente os Poderes, têm agido de maneira bastante correta na resistência aos excessos do status quo presidencial. A ordem institucional tem sido preservada nesse clima de constante estresse nacional.

Mas como foi dito antes está havendo agora uma mobilização geral diante do pandemônio que se instalou em Brasília.

Nesse quadro geral que o país atravessa o que soa meio estanho é a aparente timidez do PSDB.

Tudo bem que há tempos o governador paulista, João Doria, que é tucano, vem brigando de maneira ranheta com o grande Jair. Mas vamos combinar: a despeito da ascensão meteórica de Doria dentro do partido, ele sempre foi visto com desconfiança pelos setores históricos da sigla. E ademais as suas divergências com o grão Bolsonaro têm muito mais motivações políticas do que propriamente ideológicas (o mané, ex-botequeiro, lembra bem que nas eleições de quase dois anos atrás, Doria escancarou o binômio “BolsoDoria” na fase final da campanha).

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso vez ou outra faz alguma declaração que a imprensa sempre gosta de destacar. Mas não se percebe qualquer ressonância de suas palavras no seu próprio partido. Parece uma pregação no deserto. O olhe que ele representou a fase de ouro do tucanato no poder, na já longínqua década de 1990.

O ex-governador Geraldo Alckmin, recentemente, quebrou um silêncio de vários meses, e externou o seu descontentamento com a atual situação. Mas parece que choveu no molhado.

E o senador José Serra então? Numa Casa agora dominada por uma nova geração, ele parece um pouco fatigado em se envolver nessa balbúrdia nacional.

Mário Covas parece estar fazendo muita falta ao partido.

Atos antirracistas

Os impressionantes, e até certo ponto inesperados, protestos que estão acontecendo nos Estados Unidos, e que agora estão se globalizando, não foram somente contra o assassinato de George Floyd. Foram também bastante fomentados pelo aparente desdém do chefe do Trumpistão quando a barbaridade veio à público.

Foi algo semelhante que o seu amigo sul-americano cometeu, quando deu a entender que não teve muito aí com a escalada de óbitos do tsunami pandêmico.

Serviço completo.

Enquanto isso o Centrão vai fazendo barba, cabelo e bigode na Corte.

Descontando o vexame de indicar um suspeito de improbidade na presidência do Banco do Nordeste, o grupão abocanhou dois Fundos bilionários em dois ministérios polpudos: o FNDE, da Educação, e o Funasa, da Saúde. E está de olho grande na própria cadeira do notável Weintraub.

Na cozinha do Planalto pensa-se na seguinte acomodação: para atender ao pleito dos centristas, Abraham iria para a Ciência e Tecnologia, mandando assim o astronauta para o espaço.

A conferir.

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