Vitória da justiça e da democracia
19/12/2025
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou nesta sexta-feira (12), em São Paulo, a decisão do governo norte-americano de retirar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e sua esposa, Viviane, da lista de sancionados pela Lei Magnitsky. Para Lula, a aplicação da lei era injusta e a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar as sanções ao ministro do Supremo “é bom para o Brasil e para a democracia brasileira”. A informação é do site oficial de notícias agência Brasil.
“E eu fiquei muito feliz com o fato e esse reconhecimento, mas ainda faltam mais pessoas [para serem retiradas da aplicação da lei] porque não é possível admitir que um presidente de um país possa punir com as leis dele autoridades de outro país que estão exercendo a democracia. Portanto, a tua vitória [Alexandre de Moraes] é a vitória da democracia brasileira”, acrescentou o presidente.
O presidente Lula fez esses comentários aqui em São Paulo durante a inauguração do canal de notícias SBT News, do grupo SBT. Compareceram também ao evento a primeira-dama Janja Lula da Silva; o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin; os ministros Fernando Haddad (Fazenda); Sidônio Pereira (Comunicação Social); Frederico Siqueira (Comunicações) e Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública); os ministros do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes; o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas; o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes; e o presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), André Basbaum.
O presidente também falou sobre a importância de uma imprensa livre para a democracia brasileira. “Um jornalista não existe para julgar. Quem julga é um juiz. O jornalista existe para informar e informar com base na verdade. Doa a quem doer. E falo isso com muita autoridade, porque completei 80 anos no dia 27 de outubro, sobrevivendo pelo terceiro mandato e nunca liguei para um jornalista, para um dono de televisão ou para um dono de jornal para pedir que não publicasse tal matéria contra o governo. A imprensa só é útil se ela for livre. Se ela for partidária ou se ela for ideologizada, ela não cumpre com papel de bem informar a sociedade”, afirmou.
A Lei Magnitsky é aplicada pelo governo norte-americano como sanções a estrangeiros. O ministro Alexandre de Moraes foi incluído na lista de punidos em julho deste ano.
O próprio ministro Alexandre de Moraes também comentou sobre a decisão norte-americana. “A verdade prevaleceu. E nós podemos dizer com satisfação e com humildade, que foi uma tripla vitória. Primeiro a vitória do Judiciário brasileiro, que não se vergou a ameaças, a coações e não se vergará e continuou com imparcialidade, seriedade e coragem. Também é a vitória da soberania nacional. O presidente Lula, desde o primeiro momento, disse que o país não iria admitir qualquer invasão na soberania brasileira. E mais do que tudo isso, foi a vitória da democracia”, afirmou Moraes.
Carla Zambelli
Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter a decisão do ministro Alexandre de Moraes que anulou a votação da Câmara dos Deputados que rejeitou a cassação e manteve o mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP).
A liminar foi proferida no último dia 11 e referendada pelo colegiado. A votação começou às 11h e foi finalizada por volta das 16h, com o último voto, que foi dado pela ministra Cármen Lúcia. O placar final foi de 4 votos a 0. Também votaram pela manutenção da decisão os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Moraes, relator do caso.
Com a cassação de Zambelli assumiu o suplente Adilson Barroso (PL-SP).
Glauber Braga
A Câmara dos Deputados aprovou a suspensão por seis meses do mandato do deputado Glauber Braga (Psol-RJ), por 318 a 141 votos e 3 abstenções. Foi aprovada emenda do PT que propôs a suspensão em alternativa à cassação do mandato defendida pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. A informação é do site de notícias Agência Câmara de Notícias.
Glauber Braga foi acusado pelo partido Novo de ter faltado com o decoro parlamentar ao expulsar da Câmara, em abril do ano passado, com empurrões e chutes, o então integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) Gabriel Costenaro. O incidente foi filmado.
Rumo a 2022
11/10/2019
O atual governo mal completou um ano de gestão e muita gente só pensa naquilo: as eleições presidenciais de 2022.
Por essas e outras é que o nosso amigo, aquele do pub da esquina, anda contrariado com os políticos...
Nestes dias, pendurado no balcão, ele desabafou: “Pô, a gente vota nesses caras para resolverem os problemas do país e eles já começam a pensar nas próximas eleições!”.
Pois é, cabeça de político é assim mesmo. Se o ser humano, por si só, adora o poder e as benesses que isso traz a reboque, imagine aqueles que, por vocação, se lançam na empreitada, de quatro e quatro anos, de angariar a proclamação popular.
Mas como vivemos tempos um tanto inusuais, de fato a disputa para as próximas eleições para presidente começou muito que antecipadamente. Como costumava dizer o barbudo de Curitiba: “Nunca antes na história desse país”.
Quem primeiro queimou a largada foi o governador de São Paulo, João Doria. Lançado candidato à prefeitura de São Paulo de 2016, pelo então governador tucano Geraldo Alckmin, Doria foi a grande surpresa daquelas eleições. Vislumbrando pelo sucesso repentino que obteve, a criatura escanteou o criador, e, dois anos depois, disputou o Palácio dos Bandeirantes, logrando mais um novo êxito. Como para ele o limite é a via láctea, Doria pretende novamente trocar de endereço. Quer por que quer suceder o mito em 2022.
É lógico que o Jair não gosta nem um pouco desta história. Mas o pior é que não é só com ele que tem se preocupar. Tem mais gente por aí também sonhando alto.
É o caso do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. Eleito no embalo do tsunami reacionário das eleições gerais de outubro passado, Witzel percebe também pode chegar lá daqui a quatro anos. E isto apesar de estar administrando um estado praticamente falido e com aqueles sérios e conhecidos problemas crônicos de segurança pública que nenhum capitão Nascimento consegue dar jeito.
Outro que desponta na bolsa de aposta é o apresentador de TV Luciano Huck. Quase saiu candidato à presidência no ano passado. Mas abortou a operação na última hora.
Mas diante do descalabro que tomou conta do país desde que a nova era se iniciou, o showman global também se dá conta que lá na frente a conjunções políticas podem lhe ser favoráveis.
A lista, todavia, não se esgotou. O próprio ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, também é lembrado constantemente pelos articuladores de plantão. Mesmo desgastado dentro do governo, Moro ainda tem a simpatia da nação belga, que o idolatra como um verdadeiro salvador da pátria.
Como diria o bisavô do mané, muita água ainda irá passar por debaixo da ponte. Mas os balões de ensaio já estão livres, leves e soltos.


