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A guerra da vacina, sem vacina

 

08/01/2020

 

Lá atrás, enquanto países como o México, o Chile e a Costa Rica negociavam com o laboratório Pfizer o nosso presidente Messias comprava cloroquina do colega gringo Donald Trump. A nossa vizinha Argentina, por sua vez, foi atrás da vacina russa: a Sputnik V.

Assim, no final do ano passado, esses quatro países da América Latina começaram a imunizar a sua população contra a famigerada Covid-19.

Isso sem contar os países do andar de cima, como a Grã Bretanha e os Estados Unidos. Aliás um dado curioso a respeito do ex-quase Trumpistão.  Apesar de toda a retórica negacionista do governo que se encerra, os norte-americanos estão sim sendo vacinados. Parece que somente o nosso presidente levou realmente esse boicote à ciência a sério.

E a tão propalada vacina chinesa produzida pelo laboratório Sinovac com o Instituto Butantan, aqui de São Paulo? Pois é, enquanto o governador Doria fugia para Miami após decretar novas restrições no Estado, ficou a cargo do presidente da entidade, Dimas Covas, em uma constrangedora entrevista coletiva, dizer que a tal vacina tem uma “eficácia acima de 50%”, que é o mínimo aceitável pela Organização Mundial de Saúde.

Ao que tudo indica, a grande empreitada (e aposta do tucano) está sendo um grande malogro. Pelo menos até o momento, já que Doria queria oferecer a vacina para todo o país e assim ficar maravilhoso na foto.

O governo federal, por obra e graça do ex-ministro da Saúde Nelson Teich, o breve, tem um acordo com a Universidade de Oxford que desenvolve um imunizante em conjunto com o laboratório AstraZeneca. Esse tem uma eficácia de 70%. Mas até agora não foi anunciado qualquer plano de vacinação em massa por parte do Ministério da Saúde.

Aglomerador compulsivo

Enquanto isso o presidente resolveu passar a folga de ano novo na Praia Grande, no litoral paulista. Provocou aquela tradicional muvuca com os banhistas sem máscaras e sem o devido distanciamento mínimo. No quintal de seu arqui-inimigo, o Messias continuou a fazer as suas provocações. Disse, dentre outras coisas, que há governadores só usam máscara em estúdio de TV.

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